#119: No filme fintech de 2024: pagamentos, Open Finance e captações. E o que esperar de 2025?
W FINTECHS NEWSLETTER #119
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Esta é a última edição de 2024. Voltarei em 13 de janeiro de 2025. Quero começar agradecendo a cada um de vocês que leu, compartilhou e acompanhou a W Fintechs Newsletter ao longo do ano. O apoio, a participação e o engajamento de vocês fizeram toda a diferença.
Neste ano, publiquei mais edições em formato de deep dives, abordando temas como identidade digital, pagamentos instantâneos e ecossistemas de compartilhamento de dados. Foi realmente prazeroso explorar esses assuntos em profundidade e contar com a companhia de vocês nesses meses.
Para 2025, tenho alguns novos planos para a newsletter que vou compartilhar no final desta edição. Mas, antes disso, deixo aqui meu mais sincero agradecimento a vocês, leitores. Muito obrigado!
Se 2024 fosse um filme sobre o setor, os protagonistas seriam: pagamentos instantâneos, Open Finance, IA e captações. O roteiro se desenhou em torno de avanços regulatórios, sinais dos investidores e, principalmente, progressos do mercado dentro do que já estava regulado — e do que ainda está por vir.
A transformação digital deixou de ser teoria e se tornou um campo de batalha em tempo real. Os pagamentos instantâneos avançaram ao redor do mundo, consolidando-se como uma transformação ainda em curso, com muitos capítulos pela frente.
A inteligência artificial, alinhada a ecossistemas abertos como o Open Finance, transformou o que antes era uma pilha de regulação e promessas em casos de uso e números reais. Grandes players e novas fintechs disputam cada fatia do mercado, criando uma nova dinâmica no setor financeiro. A trilha sonora desse filme, sem dúvida, foi composta pelos juros, que subiram ao redor do mundo, impactando as rodadas de investimentos, que, certamente, foram mais tímidas em comparação aos anos anteriores.
Os protagonistas
Desde 2022, os jornais têm sido inundados por manchetes com a palavra “inteligência artificial”. O impacto da IA, aparentemente, esteve muito mais relacionado a ganhos de eficiência internas e automação de tarefas do que novos produtos para clientes e usuários finais. No entanto, com as transformações aceleradas no mercado financeiro, a IA começa a ser vista como um elemento fundamental para a próxima geração de produtos e serviços financeiros.
Algumas fintechs brasileiras, por exemplo, estão à frente nesse movimento, combinando IA com o Open Finance para criar soluções financeiras mais inteligentes e personalizadas. O Pix e o Drex, que devem se consolidar ainda mais em 2025, são exemplos de como a infraestrutura financeira digital no Brasil está integrando tecnologias emergentes de forma inovadora. Ao redor do mundo, estratégias como as do Nubank, ao adquirir a Hyperplane, ou da Klarna, que substituiu grande parte de sua força de trabalho pela IA, mostram como grandes players estão antecipando o futuro. Mas o desafio é mais profundo: a IA no setor financeiro é complexa, e sua aplicação precisa ir além da simples automação de processos.
Em 2025, o setor financeiro enfrentará um ponto de virada importante: como usar a inteligência artificial para melhorar a experiência do cliente sem perder a confiança das pessoas. Com as capacidades do Open Finance e do Pix Automático em estágio avançado, a promessa de uma experiência financeira fluida está mais próxima do que nunca. No entanto, a verdadeira questão será como as fintechs e bancos vão integrar essas tecnologias de maneira transparente e segura, especialmente em um cenário em que os consumidores ficarão cada vez mais cientes dos riscos associados ao uso de dados pessoais e financeiros. A tokenização com o Drex, por exemplo, pode oferecer novos caminhos para a segurança e a confiança, mas também exige regulação cuidadosa para não travar a inovação. O grande desafio será garantir que os clientes entendam e se sintam seguros com as decisões tomadas por algoritmos, mesmo quando essas decisões forem complexas e envolverem transferências inteligentes ou pagamentos automáticos.
Além disso, a personalização será um ponto chave, mas ela precisa ser feita de forma inclusiva, acessível e útil para todos. O Open Finance, aliado a sistemas de pagamentos instantâneos e à tokenização da economia, abre um vasto campo para a criação de soluções personalizadas e mais justas, mas o verdadeiro teste será encontrar o equilíbrio entre a utilização da tecnologia e a manutenção da confiança dos clientes.
Os ecossistemas de pagamentos estão evoluindo rapidamente ao redor do mundo, e o Brasil tem se destacado nesse movimento. Com o Pix, o país já se tornou um modelo global de pagamentos instantâneos, e com a integração do Open Finance, esse movimento só tende a se intensificar. A criação de uma infraestrutura interoperável de pagamentos, aliada à crescente adoção de tecnologias como IA e tokenização, promete abrir novas oportunidades de inovação no mercado de crédito, tornando-o mais eficiente e direcionado.
O impacto é claro: a digitalização do Pix, juntamente com o avanço de soluções como o Drex, não apenas acelera a digitalização das finanças, mas também torna os dados mais acessíveis para novas soluções de crédito mais inclusivas e precisas. Essa transformação no Brasil ocorre em um cenário de digitalização acelerada em toda a América Latina, onde o e-commerce cresce exponencialmente e plataformas como o WhatsApp se consolidam como canais principais de interação humana. A inteligência artificial surge como uma ferramenta poderosa para criar, automatizar e otimizar processos e decisões financeiras, acelerando ainda mais essa transição.
A burocracia, que por muito tempo foi o grande vilão das inovações, agora se transformou em uma aliada inesperada. A regulamentação, por meio de medidas como o sandbox regulatório e a supervisão dos reguladores da região, tem sido um combustível para as transformações profundas que estamos vendo na América Latina, especialmente no setor de fintechs.
O Brasil, que antes era considerado um mercado emergente com grandes desafios, agora se tornou um terreno fértil para inovação. E, ao contrário do que se via no passado, onde as regras travavam o progresso, hoje elas estão facilitando o caminho para fintechs que querem testar novas ideias. Isso se traduz em uma recuperação significativa nas captações de investimentos, mesmo em um cenário global com taxas de juros mais elevadas.
Para 2025 na América Latina
A transformação financeira que tomará forma em 2025 na América Latina será impulsionada por uma convergência única de fatores que estão moldando o mercado. O Open Finance não é mais uma promessa distante; é uma realidade em pleno crescimento que, ao lado de inovações como o Pix automático e as transferências inteligentes, irá redefinir os modelos de interação entre consumidores e instituições financeiras. Países como Brasil, México e Argentina já estão liderando a implementação de soluções como essas, mas em 2025 veremos essa integração tomar dimensões globais. O Drex, a moeda digital brasileira, é apenas um exemplo do potencial de transformação que a tokenização de ativos e o uso de stablecoins têm para a região. Com o avanço do Open Finance, será possível criar novas dinâmicas de crédito, promovendo um mercado mais eficiente e acessível, especialmente para os segmentos desbancarizados da população, um dos maiores desafios da região.
O mercado de câmbio e operações cross-border na América Latina também passará por uma revolução, não apenas por meio de novas soluções financeiras tradicionais, mas também através da criptoeconomia. As soluções baseadas em stablecoins para transações internacionais vão permitir a diminuição dos custos e da burocracia nas remessas de dinheiro, uma realidade que impacta milhões de latino-americanos que dependem das transferências internacionais.
As fintechs da América Latina, de players como Mercado Livre na Argentina a Nubank no Brasil, estão na linha de frente dessa mudança, consolidando ecossistemas financeiros que abrangem desde o varejo até serviços financeiros mais complexos.
O Brasil e outros países da região estão se posicionando para ser não apenas consumidores, mas também produtores de soluções inovadoras, com o potencial de exportar seus modelos para outros mercados ao redor do mundo. A América Latina, sempre vista como um mercado de "oportunidades inexploradas", agora se posiciona como um terreno fértil de inovações e poderá contribuir com mais um capítulo do sistema financeiro global.
A W Fintechs em 2025
Em 2025, focarei mais energia em algumas frentes e apostas para a W Fintechs. Quero dedicar atenção a três frentes principais: a tradicional newsletter, o 3W in Fintech, e reports/dashboards interativos sobre avanços regulatórios, inovações financeiras no geral e casos de uso de Open Finance na América Latina.
Monetização
Tenho produzido conteúdo de forma gratuita desde 2021. Sempre fiz a newsletter pensando simplesmente em aprender e compartilhar. Mas para 2025, estou pensando em monetizar mais os conteúdos publicados. Não sei ainda qual é o melhor modelo, mas tenho dois em mente.
Assinaturas Pagas
A partir de 2025, vou adotar a estratégia de colocar alguns conteúdos da W Fintechs atrás de um paywall. Nunca adotei isso aqui, mas acredito que essa mudança ajudará a gerar uma fonte mais confiável de receita, ao mesmo tempo em que oferece aos assinantes um conteúdo de maior qualidade e mais aprofundado.
Para isso, estarei explorando diferentes abordagens, como a oferta de pacotes de assinatura em grupo, focados em empresas e organizações que atuam no ecossistema fintech da América Latina. A ideia é que, com o tempo, essa estratégia proporcione uma base sólida de receita recorrente e sustente o crescimento da W Fintechs Newsletter.
Patrocínios
Minha abordagem em relação aos patrocínios será diversificada, com foco em duas vertentes principais. A primeira é o patrocínio direto de newsletter, que tem sido uma forma eficaz de gerar visibilidade para marcas que desejam alcançar decisores no setor fintech, como o Iniciador. Nesse modelo, marcas podem se beneficiar de postagens em destaque, que aparecem no topo das newsletters, criando uma oportunidade valiosa para o reconhecimento de marca.
A segunda vertente envolve parcerias de conteúdo pago, onde empresas fintechs colaboram conosco para criar edições patrocinadas. Esses conteúdos são mais educativos e têm o objetivo de informar o mercado sobre inovações ou novos produtos no setor. Um modelo que quero adotar é através da série 3W in Fintech (what, when, who), onde contarei histórias de fintechs que acredito que são promissoras, considerando 3 pilares: inovação, diferenciação e estratégias adotadas.
Se algum desses modelos for do seu interesse, entre em contato diretamente para discutir mais detalhes.
Até o próximo ano!
Saúde e paz,
Walter Pereira
Disclaimer: As opiniões expressas aqui são de total responsabilidade do autor, Walter Pereira, e não refletem necessariamente as opiniões dos patrocinadores, parceiros ou clientes da W Fintechs.