#43: Short Takes: a evolução da humanidade; os desafios para os bancos; Principais notícias da semana
W FINTECHS NEWSLETTER #43: 18/04-24/04
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👉A W Fintechs é uma newsletter focada em inovação financeira. Toda segunda-feira, às 8:21 a.m., você receberá um e-mail sobre os principais fatos e insights deste universo.
A evolução da humanidade
Em 2022, o mundo pode atingir 8 bilhões de pessoas.
Estima-se que 109 bilhões de pessoas viveram e morreram na Terra, ao longo de 192 mil anos.
Apesar dos 192 mil anos, foi em 2007 que a maioria dos humanos começou a viver nas cidades, e em 2018 que a maioria ganhou acesso à internet.
Nunca estivemos tão conectados como espécie 🚀
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Os desafios para os bancos
Os desafios trazidos pela pandemia expuseram as fragilidades estruturais das instituições financeiras. De forma geral, a indústria ainda não está entregando retornos próximos aos níveis pré-crise financeira.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) melhorou em 2021 após um declínio dramático causado pela pandemia em 2020, mas permanece bem abaixo dos níveis pré-crise financeira e abaixo do custo de capital próprio do setor (Figura 1).
Há vários fatores que corroboraram para isso, como:
➡️ Intensificação da competição de players não tradicionais que envolvem os clientes usando novos negócios e modelos operacionais baseados em tecnologias exponenciais;
➡️ Incerteza econômica com um cenário inflacionário;
➡️ Taxas de juros baixas ou negativas contínuas prejudicando a receita líquida de juros;
Para vencer os desafios intensificados pela pandemia, as instituições financeiras estão dando 2 passos importantes.
Primeiro passo: algumas exploram tecnologias exponenciais, como automação, Cloud e IA.
Segundo passo: elas aplicam em escala permitindo a colaboração entre unidades de negócios internas e um ecossistema de parceiros externos por meio de mais interações de plataforma seguras.
Desta forma, as instituições financeiras terão como características principais um ecossistema aberto, modular, ágil e automatizado. Para impulsionar o progresso dessa transformação, as instituições precisam repensar suas arquiteturas de negócios. Baseando-se na interoperabilidade e na portabilidade segura de microsserviços (Figura 3).
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Vamos para as
Principais notícias da semana 📰
Investimento global em fintechs cresce 25% no primeiro trimestre👈
Globalmente, a atividade de investimento em fintechs segue bastante movimentada, e os números consolidados do primeiro trimestre evidenciam isso.
No período, as fintechs captaram US$ 37 bilhões em um total de 1.091 transações, conforme dados que acabam de ser divulgados pelo banco de investimentos norte-americano FT Partners.
Em quantidade de deals, foi o trimestre mais ativo de todos os tempos, segundo o levantamento. Já em termos de volume financeiro, o intervalo entre janeiro e março representou a terceira maior quantia — atrás do segundo e terceiro trimestres do ano passado, com US$ 39,6 bilhões e US$ 38 bilhões, respectivamente.
Na comparação anual, o volume aportado em fintechs no mundo todo cresceu 25%. Em relação ao último trimestre de 2021, o incremento foi bem mais modesto, com alta de menos de 3%.
No ano passado inteiro, as fintechs globalmente captaram US$ 144 bilhões, mais do que o triplo ante 2020. Foram, ao todo, 3.643 transações, uma elevação de 80% na comparação com 2020.
Finansystech, de ‘Open Finance as a service’, prepara rodada Série A👈
A Finansystech quer democratizar a tecnologia para Open Finance e, para isso, aposta em um conceito de ‘Open Finance Platform as a Service’, com uma plataforma open source e modular. Uma tecnologia que, em menos de um ano, atraiu 24 empresas do setor – incluindo players comoXP, Sicoob, Banco Mercantil, SumUp, entre outros.
Com o pipeline que tem hoje, a Finansystech mira dobrar essa base atual de clientes até a metade do ano. “Estamos trabalhando agora nos ‘layers’ de [instituições] S1, com possibilidade de fechar contrato com um deles”, diz Danillo Branco, CEO e cofundador da startup, em entrevista ao Finsiders.
Este ano, além de ampliar a base de clientes, a Finansystech também quer se tornar mais conhecida no setor. E para isso está abrindo agora uma rodada Série A, com objetivo de levantar entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões.
Em novembro do ano passado, a fintech captou R$ 2,5 milhões em uma rodada liderada pela Darwin Startups, , por meio da plataforma de equity-crowdfunding CapTable, da StartSe. . Foi o segundo cheque recebido pela Finansystech, que tinha começado com um investimento-anjo de R$ 520 mil feito por Nuno Vercas, o ex-CEO do Banco Cetelem.
A empresa também começa a pavimentar o caminho para a internacionalização. “Já estamos fazendo alguns movimentos para viabilizar isso”, diz Danillo, sem abrir mais detalhes. A ideia, segundo ele, é ter alguma geração de receita com essa expansão no quarto trimestre de 2022 ou nos primeiros três meses do ano que vem.
Juros para antecipação de recebíveis de cartões começam a recuar, apesar das dificuldades técnicas das registradoras e queixas das fintechs👈
Os juros para antecipação de recebíveis de cartões de crédito começam a recuar, apesar da persistência de dificuldades técnicas das registradoras – que vem atrapalhando o fechamento de negócios, segundo fintechs de crédito. Nominalmente as taxas cobradas subiram, porém menos do que a Selic e do que a inflação. Em dezembro de 2020, os spreads eram de 5,2 pontos percentuais, e em dezembro último estavam em 4,3; de janeiro do ano passado a este, o recuo foi de 5,8 para 4,8.
Embora tímido, a queda dos spreads nessa modalidade é sinal de que o aumento da concorrência já produz resultados. E é mais significativo ainda por que na média, de forma geral os spreads dos empréstimos para empresas percorreram o caminho contrário, saindo de 7,7 para 8,7 (dezembro contra dezembro) e de 10,7 para 10,8 (janeiro contra janeiro).
Mas ainda há muito o que avançar. Algumas fintechs reclamam que vêm sentindo dificuldades para convencer os clientes de que podem descontar os recebíveis de forma simples, e em condições mais competitivas, fora dos “bancões”.
A abertura do mercado começou em junho de 2021, quando entrou em vigor a Resolução n° 4.734 do Conselho Monetário Nacional e a Circular n° 3.952 do Banco Central (leia reportagem sobre o balanço dos primeiros 30 dias da nova regra).
A Abecs, associação dos emissores de cartões, estima que neste ano o mercado deve movimentar mais de R$ 2,5 trilhões, e a antecipação de recebíveis pelas credenciadoras representa aproximadamente de 10% a 15% do volume transacionado pelos cartões anualmente. Segundo o Banco Central, foram antecipados R$ 257 bilhões em 2021.
Saúde e paz,
Walter Pereira