#82: Short Takes: Os avanços da inteligência artificial e o paradigma atual da identidade digital
W FINTECHS NEWSLETTER #82: 31/07 - 06/08
Esta edição é trazida pela
Usando a plataforma da Boyce Data, seu negócio está em conformidade com a LGPD, GDPR e CCPA. A Boyce Data permite a coleta de consentimentos e evidências de verificação, facilitando os processos de Auditorias.
👉A W Fintechs é uma newsletter focada em inovação financeira. Toda segunda-feira, às 8:21 a.m., você receberá um e-mail sobre os principais fatos e insights deste universo.
Cerca de 850 milhões de pessoas não possuem uma identidade oficial. Isso pode representar uma barreira para a inclusão financeira. De acordo com o GAFI, dos 1,7 bilhão de adultos sem conta em banco no mundo, 26% citam a falta de documentação como a principal barreira.
Os avanços da Inteligência Artificial têm trazido para os holofotes a discussão sobre o paradigma atual da identidade digital.
A identidade digital tradicional (centralizada) desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento das economias e da sociedade ao longo dos séculos. No entanto, a centralização de poder nessas abordagens levou a preocupações com a privacidade e a segurança dos indivíduos, com práticas de vigilância e coleta de dados que ameaçam a segurança institucional e o controle individual.
A identidade digital descentralizada oferece a oportunidade de promover a inclusão, eficácia e privacidade. No entanto, para que esses sistemas alcancem todo o seu potencial, é fundamental que sejam acompanhados por políticas, regulamentações e tecnologias adequadas que garantam sua eficácia e relevância social.
Basicamente, esses sistemas utilizam tecnologias como criptografia e carteiras digitais para permitir que múltiplas entidades contribuam com credenciais e permitir que os usuários tenham controle sobre suas informações. Com um sistema diversificado e confiável de emissores e verificadores, os usuários podem utilizar suas credenciais para acessar diversos serviços sem a necessidade de terceiros armazenando e gerenciando seus dados.

O World Economic Forum destacou alguns princípios que a identidade digital descentralizada deve ter, bem como trouxe recomendações tanto para a indústria quanto para reguladores (link nos comentários).
A padronização e o desenvolvimento adequado de tecnologias, juntamente com políticas e regulamentações adequadas, são fundamentais para o sucesso dessa abordagem.
Um dos desafios atuais é a falta de acesso à identidade para muitas pessoas em todo o mundo, especialmente aquelas que não possuem contas em bancos ou instituições regulamentadas. A identidade digital descentralizada pode ajudar a resolver esse problema, permitindo que indivíduos acumulem credenciais ao longo do tempo e ampliem seu acesso a serviços, preservando ao mesmo tempo a privacidade e o controle sobre seus dados. A identidade digital descentralizada oferece uma abordagem promissora para resolver as limitações dos sistemas de identidade atuais, desde que sejam adotadas medidas adequadas para garantir a proteção dos dados e a privacidade dos usuários, bem como um modelo de governança que não privilegie nenhum grupo de interesse especifico e garanta a manutenção da capacidade tecnológica do modelo.
Saúde e paz,
Walter Pereira