#98: Short Takes: Open Banking e as APIs não mais apenas como conformidade regulatória, mas sim como fonte de receita
W FINTECHS NEWSLETTER #98: 27/11-03/12
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As transformações financeiras que ocorreram na Europa nos últimos anos impactaram positivamente o resto do mundo.
Desde a implementação do PSD2 em 2019, os bancos europeus concentraram seus esforços na integração e disponibilização de APIs. No entanto, nos últimos três anos, observou-se uma mudança de foco para a criação de casos de uso mais sofisticados, impulsionados pelos dados de transações dos clientes.
Dados mostram que embora 83% dos usuários PSD2 na Europa sejam bancos, a maioria esmagadora dos pedidos de API (96%) provém de fornecedores terceiros (TPPs). Essa dinâmica mostra que, enquanto os bancos se concentram em funcionalidades como Multi-Banking, as TPPs estão explorando modelos de negócios mais inovadores.
Agora a Europa estuda fazer a expansão do Banking para o Finance, coletando mais dados e possibilitando novos casos de uso. A introdução do FIDA (Financial Data Accessibility) é vista como uma oportunidade para os bancos recuperarem a interface com o cliente, assumindo o papel de consumidores de API.
Como tenho escrito nos últimos meses, acredito que o grande sucesso dos ecossistemas Opens estará na monetização dos dados. Na Europa, a introdução do FIDA poderá representar uma mudança significativa em relação ao período pós-PSD2, permitindo que as instituições financeiras ofereçam APIs premium pagas. Essa monetização dos dados financeiros poderá criar uma nova dinâmica no setor e possibilitará que as APIs agora sejam vistas não apenas como for-compliance mas também como for-profitable. Ou seja, as APIs não serão mais apenas uma medida de conformidade, mas também uma oportunidade de geração de receita para as instituições financeiras.
Saúde e paz,
Walter Pereira