#46: Short Takes: as oportunidades das TPPs; "Open Finance will be a marathon, not a sprint."; Principais notícias da semana
W FINTECHS NEWSLETTER #46: 16/05-22/05
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As oportunidades das TPPs
Desde a introdução do PSD2 na Europa, o número de TPPs autorizados a acessar contas de pagamento — que no PSD2 podem ser os AISPs ou PISPs — aumentaram significativamente (Figura 1).
No final de 2021, a União Europeia e o Reino Unido, juntos, contavam com 524 AISPs e PISP autorizados, um aumento de 16% em relação ao ano anterior.
Embora os reguladores geralmente classifiquem apenas dois TPPs diferentes (os AISPs e PISPs), o report publicado pela Tink destacou que os provedores terceirizados geralmente podem ser atribuídos a quatro categorias diferentes 👉 data intermediaries, payment solutions providers, vertical specialists, e industry innovators.
Sendo a função de cada um:
1. Data intermediaries
Esses TPPs construíram um negócio conectado a bancos para acessar dados financeiros e transferir esses dados para empresas para que possam ser usados para um serviço solicitado. Alguns intermediários de dados acumulam dados para gerar insights de mercado, outros categorizam e enriquecem os dados para que seus clientes possam usá-los para construir serviços ou melhorar seus processos
2. Payment solutions providers
Esses TPPs estão usando o Open Banking para construir uma estrutura para serviços de pagamento interbancário entre contas. Alguns contam apenas com a funcionalidade disponível por meio das APIs do PSD2 para iniciação de pagamentos. Outros colaboram com bancos para construir soluções ou propostas conjuntas além do escopo do PSD2.
3. Vertical specialists
O setor financeiro está repleto de prestadores de serviços que são especialistas em verticais muito específicas. Esses especialistas verticais normalmente fornecem soluções para permitir que as instituições financeiras aprimorem seus serviços existentes.
4. Industry innovators
Esses TPPs utilizam o Open Banking para mudar fundamentalmente a forma como nos relacionamos com esses setores. Oferecendo desde soluções que rastreiam as pegadas de carbono de seus clientes e sugerem novos comportamentos financeiros e de consumo até soluções que oferecem gerenciamento de finanças pessoais e podem ajudar as famílias a identificar oportunidades de economia de custos.
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"Open Finance will be a marathon, not a sprint."
Para muitas empresas ainda não está claro alguns dos principais conceitos, cronogramas e impacto potencial do Open Finance nos serviços financeiros. Além disso, algumas empresas não possuem clareza sobre quais desafios e oportunidades o Open Finance apresentará para seus próprios negócios e como - e quando - começar a se preparar para isso.
Inevitavelmente, as empresas terão que escolher uma posição na nova cadeia de valor da Open Finance ou serão forçadas a entrar em uma. A figura abaixo, desenvolvida pela Deloitte, traz uma visão geral de quatro possíveis arquétipos conceituais.
As estratégias são:
1️⃣ The one-stop-shop: marcas confiáveis com fortes recursos tecnológicos podem aproveitar o Open Finance para acessar dados de ASPs e oferecer uma gama completa de serviços personalizados e jornadas digitais completas para o cliente;
2️⃣ The "as-a-service" play: as empresas podem acessar novos clientes por meio das TPPs e formar parcerias estratégicas para oferecer produtos/serviços competitivos nas principais plataformas digitais;
3️⃣ The interface: as empresas com plataformas digitalmente avançadas e inovadoras podem se concentrar na interface e nos relacionamentos com o cliente;
4️⃣ The utility: as receitas viriam do fornecimento de soluções de infraestrutura (por exemplo, conectividade via API ou serviços de agregação) e recursos (análise de dados, verificação de ID); as empresas também podem se especializar em produtos e serviços adicionais aos serviços financeiros.
No entanto, uma estratégia bem-sucedida para as empresas provavelmente reunirá elementos de diferentes abordagens com base nos pontos fortes e fracos exclusivos de cada empresa.
Ao mesmo tempo, estratégias eficientes para o Open Finance exigirão planejamento de longo prazo, investimentos e preparação.
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Vamos para as
Principais notícias da semana 📰
A fintech mais valiosa da Europa quer mais US$ 1 bi, mas pode perder US$ 15 bi👈
Num sinal dramático do sell-off e das dificuldades que se abatem sobre as startups dependentes de novas rodadas de capital, a Klarna — a fintech mais valiosa da Europa — pode sofrer um down round de US$ 15 bilhões para emplacar um aporte de US$ 1 bilhão.
A última rodada da Klarna ocorreu há menos de um ano, quando a fintech levantou US$ 639 milhões em uma rodada liderada pelo Softbank que a avaliou a fintech em US$ 45,6 bilhões. No entanto, a startup sueca já parece precisar de mais capital. No ano passado, reportou um prejuízo de US$ 705 milhões.
Uma reportagem do The Wall Street Journal mostrou hoje que o Goldman Sachs está em contato com investidores para levantar US$ 1 bilhão para a Klarna. As pretensões iniciais da startup apontavam para um valuation de US$ 50 bilhões, mas uma negócio talvez só saia próximo de US$ 30 bilhões (post-money), o que representaria um down round de 30%.
Nubank (NUBR33) derrete 23% na semana com fim do lock-up e 1T22👈
O fim do período de lock-up das ações do Nubank se deu na terça-feira, dia 17, e dada a queda de 67% nos papéis desde a estreia na bolsa, já havia especulações de que isso poderia ampliar ainda mais as baixas nos papéis na NYSE. Da mesma forma, os BDRs do Nubank caíram 23% na semana e 72% desde o IPO do banco digital.
Com as ações do Nubank caindo cerca de 60% desde que foi dada a recomendação de venda, os analistas do BTG Pactual Digital decidiram ‘voltar ao neutro’, mirando um preço-alvo de R$ 3,20 – levemente acima da cotação atual, de R$ 3. Mas as ações da fintech negociadas na B3, as BDRs, fecharam nesta sexta (20) em forte queda de 10,88%, a R$ 3,11. Em Nova York desabam 12%, para US$ 3,81.
Na avaliação do BTG, o Nubank reportou resultados muito fortes no trimestre, mostrando um crescimento impressionante em praticamente todos as partes.
“Sua carteira de crédito total cresceu 34% t/t, com empréstimos pessoais crescendo 44%. A receita média por cliente (ARPAC) surpreendeu positivamente, levando as receitas totais a superar a nossa estimativa e o consenso em 16%”, analisam.
A Belvo quer destravar o potencial do Open Finance para instituições reguladas 👈
O novo produto, que foi divulgado com exclusividade ao Finsiders, , permite que players dos segmentos S1 a S5, assim como SCDs (Sociedades de Crédito Direto) e IPs (Instituições de Pagamento), obtenham dados enriquecidos de outras instituições financeiras, neobanks, corretoras de valores, além de aplicativos da gig economy, como Uber e Rappi, por meio de uma só integração.
O foco continua sendo o consumo dos dados. Ou seja, a Belvo não atuará como um ‘enabler’ de Open Finance com intenção de preparar as instituições para atender aos requisitos regulatórios.
O acesso a dados enriquecidos permite, por exemplo, que bancos desenvolvam modelos de análise de risco mais robustos, ou ainda possam consolidar as informações financeiras de seus clientes em uma única plataforma.
Saúde e paz,
Walter Pereira