#40: Short Takes: Open Banking, Overdraft, Principais notícias da semana
W FINTECHS NEWSLETTER #40: 28/03-03/04
Olá 👋,
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👉A W Fintechs é uma newsletter focada em inovação financeira. Toda segunda-feira, às 8:21 a.m., você receberá um e-mail sobre os principais fatos e insights deste universo.
Open Banking
Conforme mais países adotam o Open Banking regulado — estima-se que mais de 100 países introduziram ou estão considerando iniciativas regulatórias de Open Banking — uma coisa vai ficando clara: a implementação do Open Banking (ou do Open Finance) requer a colaboração contínua entre as instituições financeiras e os reguladores.
Assim que as APIs abertas forem lançadas, a agenda de colaboração envolverá a colaboração proativa entre reguladores e terceiros para a construção de um ecossistema próspero de inovação.
No Brasil 🇧🇷, a governança estabelecida pelo Banco Central do Brasil colaborou para um maior intercâmbio de ideias e sugestões entre as instituições financeiras e os reguladores, bem como aproximou mais os insurgentes dos incumbentes.
Tendo isso em vista, além desta clara cooperação entre os setores para as empresas conseguirem tirar o máximo de proveito do Open Banking, é necessário uma colaboração radical entre as divisões internas da instituição - negócios, tecnologia, etc.
A implementação do Open Banking requer um esforço coletivo entre as divisões da empresa. Os pontos destacados pelo novo report da WhiteSight são bem interessantes e trazem uma visão geral dos esforços necessários para a implementação do Open Banking, envolvendo:
1️⃣ Infraestrutura de tecnologia;
2️⃣ Estruturas de segurança;
3️⃣ Metodologias de desenvolvimento;
4️⃣ Envolvimento proativo e contínuo com desenvolvedores externos;
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A evolução do Overdraft
As taxas do cheque especial estão entre uma das taxas bancárias mais controversas e enfrentaram grandes críticas do público e dos reguladores nos últimos anos.
Essa prática, que permite ao consumidor realizar transações acima do saldo disponível em suas contas, começou como uma comodidade que os bancos ofereciam aos clientes e foi introduzida pelo Royal Bank of Scotland há quase 300 anos, em 1728. Três séculos depois, a prática não apenas sobreviveu, mas também prosperou e se tornou um importante fluxo de receita para os bancos.
No Brasil 🇧🇷, dados do Banco Central do Brasil mostram que em dezembro de 2018, aproximadamente 16,8% dos usuários de cheque especial estavam inadimplentes em pelo menos um produto de crédito no sistema financeiro e que 8,8% estavam inadimplentes no próprio cheque especial.
Os percentuais de inadimplência caem quanto maiores os níveis de escolaridade, de renda e idade dos tomadores. Uma vez que baixa escolaridade e baixa renda estão interligadas, é difícil saber se a maior inadimplência é resultado do não entendimento das características do produto (questão educacional) ou do seu custo elevado (questão de renda) ou ainda de uma combinação dos dois. Enfim, o cheque especial caracteriza-se por ser um produto com taxas de juros e inadimplência elevadas.
O time da WhiteSight fez um excelente levantamento de como essa prática sobreviveu ao longo dos anos e agora, com o advento das fintechs e de um maior desejo por transparência, o cheque especial vem entrando em sua fase "game-over".
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Vamos para as
Principais notícias da semana 📰
Open Banking: nova fase vai facilitar contratação de empréstimos👈
Nesta nova etapa os clientes vão receber um Encaminhamento de Proposta de Crédito (Epoc). É por meio desse sistema que os cidadãos vão conferir todas as ofertas de uma só vez.
O Epoc está em fase de testes. A proposta é facilitar, assim, a vida dos clientes. Vale lembrar que o compartilhamento de informações entre os bancos tem que ser permitido por cada cidadão.
Pelo Epoc, as instituições financeiras vão enviar várias ofertas de empréstimo. Ou seja, são as instituições que irão enviar as propostas. E não os interessados que terão de procurar banco a banco a liberação do crédito.
A relação entre estresse financeiro e tomada de decisões 👈
Apesar do tremendo crescimento econômico e dos avanços tecnológicos nos últimos anos, vivemos em uma época de grande volatilidade, quando nossas próprias situações financeiras pessoais são menos previsíveis do que nunca.
Além disso, o desafio de tomar boas decisões fica ainda pior quando estamos estressados. Um estudo muito informativo sobre este tema foi realizado na Índia. No estudo, pesquisadores analisaram os agricultores que colhem cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar é uma cultura sazonal, e esses agricultores geralmente têm renda baixa e instável. Eles ganham dinheiro na época da colheita, quando podem vender a cana-de-açúcar. Mas, seis semanas antes da colheita, eles estão invariavelmente quebrados.
Neste estudo em particular, os pesquisadores administraram um teste de QI a uma amostra de agricultores seis semanas antes da colheita e, novamente, logo após a colheita. Claro, este não era um teste de QI padrão, porque muitos desses indivíduos não sabiam ler ou escrever, então foram usados testes que envolviam imagens abstratas. No entanto, os resultados desse estudo sugerem que os agricultores tiveram pontuações de QI cerca de um terço mais baixas quando estavam em dificuldades financeiras antes da colheita, em comparação com após a colheita.
Open Banking: Uruguaia Datanomik capta com a16z e entra no Brasil 👈
Tem um novo competidor no mercado brasileiro de Open Banking. A startup uruguaia Datanomik acaba de anunciar sua chegada ao país depois de levantar um seed de US$ 6 milhões liderado pela Andreessen Horowitz (a16z), com participação de Canary, Nazca e Latitud.
riada em janeiro, a Datanomik é uma plataforma de Open Banking B2B, que facilita o acesso das empresas às informações financeiras, auxiliando na gestão e no planejamento.
A API desenvolvida pela startup acessa informações diretamente dos bancos e outras instituições, como provedores de serviços de pagamento e plataformas de e-commerce. O sistema padroniza e reúne essas informações em um só lugar, com atualizações em tempo real.
Ambev vai consolidar área de banking, dizem fontes; primeiro passo foi a transformação da fintech Donus no BEES Bank👈
A gigante fabricante de bebidas Ambev, uma das maiores empresas em valor de mercado da América Latina (R$ 242,13 bilhões em 31/3), decidiu entrar pra valer no competitivo mercado de fintechs: acaba de anunciar que a Donus, lançada no final de 2019, mudou de nome para BEES Bank.
Segundo fontes, esse é o primeiro passo da consolidação da área de banking da cervejaria, que contratou até um provedor de infraestrutura financeira como parceiro da empreitada.
O objetivo, segundo nota da empresa enviada à redação, é “promover a digitalização financeira de bares e restaurantes”. A Ambev, no entanto, não atendeu ao pedido de entrevista para detalhar a estratégia.
Saúde e paz,
Walter Pereira