WALTER’s FINTECHS NEWSLETTER #1: 9/05-16/05
Criptomoedas + Mercado com alta liquidez + Principais notícias da semana
Olá,
Na nossa primeira newsletter, falaremos um pouco sobre mercado, em geral.
O ano de 2021 começou agitado. Logo em seus primeiros meses, tivemos acontecimentos globais que agitaram o mercado de capitais. Através do Reddit, um grupo de investidores, amadores e experientes, se organizaram para “derrubar” os Hedge Funds que apostaram contra as ações da Gamestop - uma loja tradicional de games que ao longo da digitalização e das vendas de games online viu seu faturamento se esvair. O resultado foi uma movimentação de bilhões de dólares, com participação, inclusive, do bilionário sul-africano, Elon Musk.
Elon Musk é, hoje, uma figura notória no ecossistema de inovação. Dono de uma fortuna avaliada em, aproximadamente, US$ 150 bilhões de dólares, Musk é fundador da Space X, X.com [ que depois se tornaria em PayPal ] e, posteriormente, com a venda do PayPal, se aventurou no mercado de carros elétricos, através da compra da Tesla. Sua personalidade por vezes é questionada, por sua acidez com as palavras, por outro lado, essas, as palavras, costumam movimentar o mercado de criptomoedas. No início do ano, ao inserir a palavra Bitcoin em sua bio do Twitter, a cripto valorizou mais de 17%, em poucas horas. Logo após isso, sua empresa, a Tesla, passou a comprar e a aceitar o Bitcoin como forma de pagamento, resultado? Valorização da moeda e um movimento global de aquisições por grandes empresas. Na semana que passou, o próprio Mercado Livre, empresa argentina, anunciou a compra de 40 milhões de reais em Bitcoin.
A influência de Elon Musk não parou. Semana passada, a moeda Dogecoin passou por uma desvalorização, após uma declaração de Musk em programa de TV. A moeda Dogecoin tem uma história curiosa, com origem em um meme, ela passou a valer mais do que as maiores empresas listadas na bolsa brasileira. Se o mercado de criptomoeda parece ser algo, algumas vezes, confuso, em todas as vezes ele é surpreendente.
E foi sobre essa alta liquidez no mercado internacional que escrevi recentemente. No artigo que está disponível clicando aqui, falei sobre os inchados - e por vezes assustadores -, valuations que cercam o mundo de venture capital, comentando, inclusive, sobre uma possível bolha no mercado de fintechs europeu. A reflexão que quis deixar foi: quando a temporada de caça se acalmar, o verão terminar e o céu começar a se fechar, que tipo de economia nós teremos?
Vamos para as
Principais notícias da semana:
Will Open Banking lead to the Next Wave of the UK's Fraud Epidemic?
Em uma reflexão sobre os requisitos de segurança do Open Banking, Alex Robinson escreveu sobre os riscos de fraude que poderão acontecer no Open Banking (OB) em UK.
De acordo com o artigo, um dos principais desafios que limitou o sucesso do OB foram os requisitos de segurança, enquanto outro foi a falta de consistência entre as diferentes regiões. Os riscos de fraude estão relacionados principalmente à capacidade das fintechs de iniciar pagamentos e 'puxar' fundos da conta do cliente em seu banco.
O artigo ainda diz que com a próxima fase do OB, haverá mais serviços e mais oportunidades para os fraudadores. Os bancos, então, deveriam ter usado o ritmo lento de aceitação do serviço de OB para reconhecer a ameaça e melhorar suas defesas contra fraude. Como Warren Buffet disse uma vez: "Só quando a maré baixa é que você descobre quem está nadando pelado".
BC propõe 4 saques gratuitos por mês e limite de R$ 500 por dia a partir do segundo semestre
Na segunda feira, dia 10, o Banco Central abriu uma consulta pública sobre novas modalidades do PIX. De acordo com a proposta inicial do BC, serão disponibilizadas duas novas modalidades: o PIX saque (transação exclusivamente para saque) e o PIX troco - que está associada a uma compra ou prestação de serviço. Todas as pessoas que tiverem conta em uma das instituições participantes do PIX poderão utilizar os serviços, informou.
A sugestão do BC é de que sejam liberadas quatro operações gratuitas por mês nessa novas modalidades. Além disso, o Banco Central informou que definirá o limite de valor máximo que o usuário poderá sacar por dia, a princípio estipulado em R$ 500,00.
O sistema disponibilizado poderá impactar, positivamente, os desbancarizados no Brasil - que em 2019 eram 45 milhões de pessoas. Segundo o chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Ângelo Duarte, a rede de saques bancária no Brasil é muito "assimétrica" atualmente, ou seja, com ampla oferta em algumas regiões do país, e baixa disponibilidade em cidades pequenas e periferias dos municípios maiores.
Nubank nomeia conselheira do Fed e ex-presidente do BID para seu conselho de administração
Recentemente, o Nubank vem em uma forte movimentação para fazer seu IPO (oferta pública). O banco digital anunciou na terça-feira, dia 11, que nomeou quatro novos integrantes para seu conselho de administração, incluindo uma conselheira do Federal Reserve e um ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid).
O anúncio acontece no momento em que o Nubank, que se apresenta como maior banco digital independente no mundo, com cerca de 35 milhões de clientes no Brasil, se prepara para listar ações em bolsa nos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, o Nubank vem ampliando sua prateleira de produtos financeiros, incluindo seguros, empréstimos e investimentos, além de se expandir geograficamente para o México e a Colômbia.
Os novos integrantes do conselho vão se juntar ao próprio Vélez e a Doug Leone, sócio-gerente da Sequoia Capital, um dos fundos investidores no Nubank.
Banco Inter reverte prejuízo e lucra R$ 20,8 milhões no 1º tri
O Banco Inter registrou lucro líquido contábil de R$ 20,8 milhões no primeiro trimestre do ano, revertendo prejuízo de R$ 8,4 milhões um ano antes, com forte crescimento em receitas totais e na base de clientes. As receitas totais atingiram R$ 541,8 milhões no período, crescimento anual de 95%, influenciado pelas receitas de prestação de serviços, que aumentaram 113%, apoiadas particularmente pelas unidades Inter Shop e Inter Seguros.
O volume em depósitos à vista somou R$ 7 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 174%. O saldo médio em conta superou R$ 1,3 mil, afirmou o banco.
A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 11 bilhões, quase o dobro na comparação ano a ano, enquanto a inadimplência foi de 2,6%, redução de 2% em relação ao primeiro trimestre de 2020.
Abraços e boa semana,