#112: Short Takes: A busca pela interoperabilidade em pagamentos no Sudeste Asiático
W FINTECHS NEWSLETTER #112: 05/08-11/08
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À medida que mais alternativas de pagamento surgem, a interoperabilidade começa a ser um desafio cada vez maior, principalmente no contexto de QRCodes transfronteiriços.
Estabelecer sistemas interoperáveis é desafiador, especialmente ao lidar com sistemas legados. Isso demanda um arranjo econômico sólido e claro, características técnicas bem definidas e uma governança capaz de ajustar o curso e alcançar consenso em decisões cruciais para evitar ameaças ao projeto no futuro.
No Sudeste Asiático a evolução dos pagamentos tem tornado o ambiente de negócios cada vez mais competitivo. Grandes players como Visa e Mastercard colaboraram com os bancos locais na Tailândia para introduzir cartões pré-pagos. Além disso, essas empresas têm incentivado pagamentos contactless, visando reproduzir seus êxitos nos mercados da Ásia-Pacífico.
No que se refere a pagamentos transfronteiriços, a Índia 🇮🇳 tem obtido êxito com o UPI.
Desde fevereiro de 2023, o banco central indiano tem permitido turistas estrangeiros dos países do G20 a utilizar o UPI. De maneira semelhante, o PhonePe incorporou o UPI International em fevereiro de 2023. Isso possibilitou aos viajantes indianos escanear códigos QR de comerciantes que usam o PhonePe no exterior, efetuando pagamentos via UPI na moeda local. Essa funcionalidade se aplica inclusive em destinos como Butão, Nepal e Singapura.
Os bancos centrais da região têm desempenhado um papel crucial na promoção desta interoperabilidade. A liderança nesse avanço é encabeçada por países como Tailândia 🇹🇭, Malásia 🇲🇾, Singapura 🇸🇬 e Indonésia 🇮🇩, que se destacaram ao implementar um padrão regional.
Com o aumento dos volumes de pagamentos, impulsionados pela participação crescente de consumidores e empresas em âmbito nacional e internacional, é natural esperar um fortalecimento da interoperabilidade entre os sistemas de pagamento. Na América Latina, países como Colômbia 🇨🇴 e Argentina 🇦🇷 estão avançando na implementação de um sistema de pagamentos moderno e interoperável, e o Brasil com Pix e Drex caminha a passos largos para pagamentos interoperáveis de forma transfronteiriça. À medida que mais nações adotarem protocolos de mensageria padronizados e comuns, a realização de pagamentos transfronteiriços tende a se tornar ainda mais simplificada e comum.
Saúde e paz,
Walter Pereira
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Disclaimer: As opiniões expressas aqui são de total responsabilidade do autor, Walter Pereira, e não refletem necessariamente as opiniões dos patrocinadores, parceiros ou clientes da W Fintechs.